A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo caracterizado por uma alteração cerebral que dificulta o correto julgamento sobre a realidade, a produção de pensamentos simbólicos e abstratos e a elaboração de respostas emocionais complexas.

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a esquizofrenia não é um distúrbio de múltiplas personalidades. É uma doença crônica, complexa e que exige tratamento por toda a vida. Ela afeta em torno de 1% da população. Pessoas com esquizofrenia podem escutar vozes e acreditar que outros estão lendo e controlando seus pensamentos ou conspirando para prejudicá-las. Essas experiências são aterrorizantes e podem causar medo, recolhimento ou agitação extrema.

Pessoas com esquizofrenia podem falar coisas que não fazem sentido, ficar sentadas por horas sem se mover ou falando muito pouco, ou podem parecer perfeitamente bem até dizer o que realmente estão pensando. Uma vez que muitas pessoas com esquizofrenia podem ter dificuldade de manter um emprego ou cuidar de sim mesmas, a carga em sua família pode ser significativa.

Causas

Ainda não se conhecem todos os mecanismos cerebrais que promovem os sintomas relacionados à esquizofrenia, mas hoje sabe-se que se trata de uma doença química cerebral decorrente de alterações em vários sistemas bioquímicos (neurotransmissores) , principalmente dopamina e glutamato, e vias neuronais cerebrais.

Vários genes em combinação são responsáveis por estas alterações cerebrais. O ambiente, ou seja, as relações vitais que a pessoa estabelece funcionam como fatores estressores que contribuem para que estes genes ligados se ativarem e a doença apareça. Não existem fatores psicológicos ou ambientais que causam a esquizofrenia, mas sim fatores de vida que são gatilhos para o início das alterações cerebrais da doença.

Estudos recentes mostram diferenças na estrutura do cérebro e do sistema nervoso central das pessoas com esquizofrenia em comparação aos de pessoas saudáveis.
Fatores de risco

Sabe-se que alguns fatores são gatilhos importantes para o início das alterações neuroquímicas cerebrais e para o posterior aparecimento dos sintomas da doença no comportamento do indivíduo:

  • História familiar de esquizofrenia: as chances são de 10% se tiver um irmão com esquizofrenia, 18% se tiver um irmão gêmeo não idêntico com esquizofrenia, 50% se tiver um irmão gêmeo idêntico com esquizofrenia e 80% se os dois pais forem afetados por esquizofrenia.
  • Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe, especialmente nos dois primeiros trimestres da gestação.
  • Problemas no parto como falta de oxigênio (hipóxia neonatal).
  • Ter um pai com idade mais avançada.
  • Uso de maconha.
  • Tabagismo.

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Sintomas da esquizofrenia

Os sintomas da esquizofrenia se encaixam em três categorias gerais:

  • Sintomas positivos, que são pensamentos e percepções diferentes como alucinações, delírios e desordens no pensamento e movimento.
  • Sintomas negativos, que representam a perda ou diminuição na capacidade de iniciar planos, falar, expressar emoções ou encontrar prazer na vida cotidiana. Esses sintomas são difíceis de reconhecer como parte da esquizofrenia e podem ser confundidos por preguiça ou depressão.
  • Sintomas cognitivos, que são problemas com: atenção, certos tipos de memória e funções de execução que nos permite planejar e organizar. Déficits cognitivos também podem ser difíceis de reconhecer como parte da esquizofrenia, porém são os mais incapacitantes para levar um vida normal.

Quando a esquizofrenia começa?

Sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, geralmente aparecem nos homens durante a adolescência tardia e vinte e poucos anos, e nas mulheres entre 25 e trinta e poucos anos. Esquizofrenia raramente aparece depois dos 45 anos de idade ou antes da puberdade, embora já tenham sido registrados casos em crianças de 5 anos.

Em adolescentes os primeiros sinais da esquizofrenia incluem mudança de amigos, queda no desempenho escolar, problemas para dormir e irritabilidade. Uma vez que muitos adolescente normais também podem ter esse comportamento, o diagnóstico pode ser difícil de fazer nesse estágio. Pesquisas têm mostrado que a esquizofrenia afeta igualmente homens e mulheres e ocorre em taxas similares em todos os grupos étnicos pelo mundo.

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Tratamento

Uma vez que a causa da esquizofrenia ainda é desconhecida, os tratamentos atuais focalizam na eliminação dos sintomas da doença. Os tratamentos para esquizofrenia incluem medicamentos antipsicóticos e tratamento psicossocial. Os tratamentos disponíveis podem aliviar muitos dos sintomas, porém a maioria da pessoas com esquizofrenia deve ter que enfrentar alguns sintomas residuais pela vida toda. Apesar disso, hoje em dia muitas pessoas com esquizofrenia conseguem levar vidas construtivas em suas comunidades. Pesquisas estão desenvolvendo medicamentos mais eficientes e procurando entender as causas da esquizofrenia para achar formas de prevenção e tratamento.

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3 Comentários

  1. Nada haver maconha com esquizofrenia. Maconha não causa esquizofrenia, o que pode acontecer é piorar o quadro de esquizofrenia com o uso da planta.

  2. MACONHA É UM LIXO ALÉM DE AFETAR A MEMORIA, MACONHEIROS FICAM NÓIAS E ESQUIZOFRENICOS !!!
    SOMENTE BABACAS E IRRACIONAIS EXPERIMENTAM DROGAS !!!

  3. Maconha além de deixar as pessoas q fazem o uso sem fins terapêuticos, broxas, fedorentos, bobos, é gatilho para esquizofrenia. Eita!!!!

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