O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que ainda é incurável, mas pode ser tratada para que os sintomas sejam retardados. O principal sintoma é a demência, a perda crescente de memória, de curto prazo até chegar à incomunicabilidade.
Saiba mais sobre o assunto: Alzheimer: Sintomas, Causas e Tratamento.
O cinema já explorou este tema muitas vezes, sempre com muita dramaticidade. confira a seguir uma lista de filme onde a doença está presente em todos eles, seja como tema principal ou como pano de fundo da trama.
Iris (2001)
Estrelado por Judi Dench (Shakespeare Apaixonado, Chocolate) e Kate Winslet (Titanic) no papel título, a fita conta a história da escritora britânica Iris Murdoch. Mas é talvez na dupla Jim Broadbent (Moulin Rouge) e Hugh Boneville (Um lugar chamado Notting Hill), interpretando o inseparável e fiel marido e companheiro John Bayley, que o filme se diferencie de outras obras.
Num ótimo vai-e-vem no tempo, que nos transporta para o passado em que os dois se conheceram e o presente em que Iris descobre sofrer do Mal de Alzheimer, o diretor Richard Eire conseguiu tirar algumas das melhores atuações do ano de seus quatro pilares.
Dench e Winslet mostram fases diferentes da vida da escritora. Winslet é a jovem cheia de vida e carente por novas experiências. Dench mostra a autora mais calma, experimentada, mas não menos inteligente, que passa a perder os sentidos quando fica doente. Dos dois atores é difícil não dizer que eles parecem realmente ser a mesma pessoa. Meigos, solidários e completamente apaixonados por Iris.
Meu pai, um estranho (1970)
Melvyn Douglas interpreta Tom Garrison, o pai. Gene Hackman, interpreta Gene Garrison, o filho. O grande conflito que se desenha, neste filme, é justamente a necessidade de Gene de sair um pouco das asas dos pais, da proteção deles, para alçar um voo que seja somente seu, para cuidar de sua própria vida, uma vez que a sua própria irmã (Estelle Parsons) já está distante.
Gene está prestes a se casar e mudar para o estado americano da Califórnia quando sua amada mãe falece. Isso força os dois irmãos a decidirem o destino que darão ao seu pai. Neste sentido, vem a grande força de “Meu Pai, um Estranho”, pois, ao deliberarem sobre as responsabilidades que envolvem cuidar de um pai que está envelhecendo e que necessitará de cuidados, a gente vê as diferentes formas que as pessoas acabam reagindo a esta situação e faz com que o espectador, inevitavelmente, pense sobre as pessoas que ama e se coloque no lugar desses personagens.
Aurora Boreal (2005)
Duncan é um rapaz de 25 anos com sérias dificuldades de conseguir e manter um emprego. Sua história começa a mudar com a morte de seus pais. Para ficar perto de seus avós, ele passa a trabalhar no lar de idosos onde eles vivem. Porém, um amor surge na sua vida. Kate é uma garota séria, madura, trabalha num emprego estável e é bastante segura do que quer na vida. Eles imediatamente se apaixonam. O problema é que ela está de mudança para a Califórnia.
Longe dela (2006)
A moment to remember (2004)
Um filme coreano muito emocionante. Su-jin é uma mulher que está passando por um momento difícil, depois do rompimento com um namorado com quem tinha um relacionamento complicado. Tentando recomeçar a vida, ela por destino conhece Chul-soo, um homem bruto e viciado em trabalho. Mas Su-jin se encanta por ele quando o conhece melhor e os dois acabam de apaixonando. Tempos depois, já casados, os dois parecem estar vivendo o auge de suas vidas, mas o tempo sempre lhe prepara surpresas: Su-jin, que já passara por alguns incidentes antes, começa a ter esquecimentos rotineiros. Procurando ajuda médica, eles descobrem que Sun-jin sofre de uma doença grave e que agora os dois terão de aprender a viver uma nova realidade.
Amor (2012)
Com um Globo de Ouro e 5 indicações ao Oscar, Amor é um drama tocante e sensível. O filme conta a história de Georges e Anne, um casal frances de músicos aposentados que seguem desfrutando a cultura erudita enquanto soam verdadeiramente apaixonados, com uma intimidade adquirida ao longo de uma vida. Até que um dia, sem qualquer aviso, ela sofre um derrame. Além disso, ela começa a ter os primeiros sintomas de Alzheimer e passa a ser cuidada por seu marido, que precisa encarar sozinho essa tarefa – e começa a lenta descida até o inevitável fim, em que, aos poucos, tudo desaparece, o bom-gosto, a dignidade, a identidade. Só o amor não evanesce – e Georges segue ao pé da cama, cuidando da esposa com devoção pragmática.
Para sempre Alice (2014)
Este é um dos filmes mais famosos sobre o Alzheimer. Julianne Moore, que ganhou o Oscar pelo papel, interpreta a Dra. Alice Rowland, uma linguista que aos poucos vê sua vida se modificar totalmente. Ela é diagnosticada com Alzheimer precoce, e precisa, junto com sua família, encarar a doença. Com 50 anos, Alice começa a se preparar para perder tudo aquilo que conquistou, ver sua vida e a de seus filhos passando rápido e lidar com o fato de que sua vida tem um prazo de validade.
A doença não transforma seu portador de uma hora para a outra, mas evolui lentamente e traiçoeiramente. Alice, portanto, tem consciência de seus erros e seus esquecimentos e sente-se humilhada por eles – afinal, sua identidade era a de uma mulher extremamente culta e segura. Agora, sua fala está cada vez mais confusa, ela não consegue encontrar o caminho do banheiro e teme o dia em que esquecerá o nome da filha mais velha. É possível comparar uma Alice sã com a já afetada pelo Alzheimer – vê-se consideráveis diferenças não só na aparência, mas na fragilidade da personagem, que antes foi uma forte e decidida mulher.
O filho da noiva (2001)
Este filme argentino tem uma história delicada e inusitada. A história de Rafael, um quarentão estressado que, depois de sofrer um infarte, resolve colocar sua vida em ordem e assim ajudar o velho pai a realizar seu sonho – casar-se na igreja com a mãe. O único problema é que sua esposa é diagnosticada com Alzheimer, e a doença começa a avançar – fazendo com que o casamento precise ser apressado.
A história se baseia na experiência real do diretor, cuja mãe realmente sofre da doença. Quando convidou Norma Aleandro para o difícil papel, a atriz temia não alcançar o ponto certo da interpretação. Campanella levou Norma a um passeio de carro, juntamente com sua mãe. Escondida no banco de trás do automóvel, bastou à atriz alguns momentos para entender a situação.
Diário de uma paixão (2004)
Todos os dias, Noah Calhoun, um vendedor aposentado, costuma visitar Allie Nelson em um lar de idosos, onde lê memórias escritas em um caderno. A leitura narra a história de um casal que foi separado pela Segunda Guerra Mundial e se reencontra 14 anos depois, com diferentes rumos na vida. Por causa do Alzheimer, ela não se lembra de detalhes de sua vida. O persistente senhor lê anotações e a senhora acaba tendo a chance de reviver sua turbulenta juventude e o inesquecível amor que viveu.
Poesia (2010)
“Poesia” é um filme sul coreano com uma história intensa sobre a doença de Alzheimer e os contornos cruéis que a vida pode assumir. Mija é uma mulher de 66 anos que, se recuperando uma antiga paixão nunca concretizada, inscreve-se em aulas de poesia. O professor diz-lhe que para encontrar a sua voz terá de observar verdadeiramente o que a rodeia. Só que a realidade de Mija irá revelar-se cada vez mais insuportável. Ela é uma mulher que toma conta do neto e ganha dinheiro tomando conta de um idoso. Neste contexto, um dia a médica dá-lhe a trágica notícia que ela sofre de Alzheimer.
A Separação (2012)
Nader e Simin divergem sobre a possibilidade de deixar o Irã. Simin quer deixar o país para dar melhores oportunidades a sua filha, Termeh. Nader, no entanto, quer continuar no Irã para cuidar de seu pai, que sofre do Mal de Alzheimer. Chegam a conclusão de que devem se separar, mesmo ainda estando apaixonados. Sem uma esposa para cuidar da casa, Nader contrata uma empregada para ser responsável pelos afaseres domésticos e por tratar da rotina de seu pai. A empregada, que está grávida, aceita o trabalho sem avisar o seu marido.