Setembro é o mês em que é realizada a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, sendo o dia 10 desse mês o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Essa campanha, conhecida como “Setembro Amarelo”, foi criada no Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Essa é uma campanha de extrema importância, uma vez que o suicídio é um problema grave de saúde pública e que, muitas vezes, pode ser evitado.

Mas de onde vem o Setembro Amarelo?


Em 1994, o americano Mike Emme, filho do casal Dale Emme e Darlene Emme, se suicidou com apenas 17 anos. Mike era conhecido por sua personalidade caridosa e por saber muito sobre mecânica. Sozinho, o garoto conseguiu restaurar um Mustang 68 e pintou o carro todo de amarelo. Porém, aqueles que conviviam com Mike não viram os sinais de angústia.

mike emme, setembro amarelo

No dia do funeral do jovem, uma cesta de cartões com fitas amarelas presas a eles estava disponível para quem quisesse pegá-los. Os cartões e fitas foram feitos por amigos de Mike e possuíam uma mensagem: “Se você precisar, peça ajuda”. Em pouco tempo, os cartões se espalharam pelos Estados Unidos e começaram surgir mais e mais cartões com pedidos de ajuda. Um professor de outro estado americano havia recebido um dos cartões de uma aluna, pedindo por ajuda.

Resumindo a história: por conta da grande repercussão do caso, a fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscar ajuda. Em 2003 a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio e o amarelo do Mustang de Mike é a cor escolhida para representar esta campanha.

Como podemos ajudar na prevenção do suicídio?

Para contribuirmos na prevenção do suicídio, devemos ser capazes de perceber os sinais de alerta que uma pessoa emite. Se você perceber que uma pessoa, por exemplo, está desinteressada (até mesmo das atividades de que gostava), não tem mais a mesma produtividade na escola ou no trabalho, está isolando-se de amigos e parentes, descuidando-se da aparência, não se importa mais com suas atividades diárias ou diz muitas frases relacionadas à morte, isso pode ser sinais de que aquela pessoa está precisando de ajuda.

Leia também: O que não dizer para uma pessoa que pensa em suicídio?

O primeiro passo é conversar com essa pessoa, mas aqui fica uma dica importante: deixe que a pessoa fale, sem emitir julgamentos ou opiniões sobre o assunto. Deixe bem claro que sua vontade é apenas ajudar. O que devemos lembrar sempre é que não devemos medir a dor dos outros pelas nossas experiências pessoais e entender que o que não nos afeta não necessariamente não causa dor e sofrimento no outro.


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