Id, Ego e Superego são instâncias na nossa psique. São conceitos criados por Sigmund Freud para explicar o funcionamento da mente humana, considerando aspectos conscientes e inconscientes. Seriam três “partes” da mente que, integradas e atuando em conjunto, determinam e coordenam o comportamento humano.

O Id é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamento ligado a libido, está relacionado a a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instintivos, o que lhe atribui a característica de amoral.

O ego é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, memória, sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal influente na interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em consideração as normas éticas existentes e atua como mediador entre id e superego.

O superego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O superego é, então, componente moral e social da personalidade.

Achou um pouco confuso? São conceitos bastante abstratos e talvez de difícil compreensão à primeira vista, mas que podem ser demonstrados mais claramente através de exemplos. Para aqueles que assistiram a trilogia ou leram os livros de O Senhor dos Anéis de J.R. Tolkien, é possível fazer uma boa analogia usando seus personagens para dar vida as representações das estruturas psíquicas propostas por Freud.

Freud Frodo explica:

O Ego (Frodo)

Comandada pelo “princípio da realidade”, essa parte é aquela que mostramos aos outros. Fortalecido pela razão, o ego está “preso” entre os desejos do id (tentando encontrar um jeito adequado de realizá-los) e as regras ditadas pelo superego. Do mesmo modo, Frodo se vê tentando conciliar as necessidades de Gollum e Sam em sua jornada.

O Id (Gollum)

A ânsia selvagem de Gollum pelo “precioso” anel é um bom símbolo para essa parte da nossa psique, responsável pelos nossos impulsos mais primitivos: as paixões, a libido, a agressividade… O id (“isso”, em alemão) está conosco desde que nascemos e é norteado pelo “princípio do prazer”, mas seus desejos são frequentemente reprimidos.

O Superego (Sam)

Também chamado de “ideal do ego”, tem a função de conter os impulsos do id. Suas regras sociais e morais não nascem com a gente: nós as aprendemos na sociedade para que possamos conviver nela corretamente. Em O Senhor dos Anéis, esse é o papel de Samwise, a bússola moral de Frodo, que o impede de ser seduzido pelo diabólico Anel.

 

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