De acordo com especialistas, a psicopatia faz parte do transtorno antissocial, que acomete cerca 3% da população mundial, segundo estudos. Nesse ínterim, estima-se que o número de psicopatas no mundo é de 1%, atingindo mais homens do que mulheres. Não há estatísticas especificamente brasileiras.

Em suma, as pessoas, que são consideradas psicopatas, possuem dificuldades para expressar diferentes tipos de emoções, como por exemplo, empatia, tristeza e medo. Em contrapartida, especialistas acreditam que psicopatas podem se apaixonar, assim como todos nós.

Entretanto, as maneiras como expressam seus sentimentos e se comunicam em seus relacionamentos são bem diferentes.

O amor dos psicopatas

Basicamente, existem diferentes níveis de psicopatia. Por esse motivo, se a pessoa não aparenta sinais graves de psicopatia, é provável que o mesmo se apaixone. Independente de serem psicopatas, e de se sentirem solitários, tais indivíduos desejam vivenciar o amor. No entanto, devido à falta de apego emocional e à incapacidade de se abrir para outra pessoa, para esses seres o difícil mesmo é construir um relacionamento saudável.

Dexter Morgan – o psicopata do seriado Dexter

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Analogamente, por ser difícil criar fortes laços emocionais e criar intimidade no relacionamento, é provável que os psicopatas criem relações baseadas em crenças e/ou atitudes. Assim, o ideal é que o parceiro(a) tenha sempre cuidado. Por quê? Porque psicopatas são egoístas e, geralmente, gostam de manipular o parceiro, fazendo-o, assim, sacrificar seus próprios interesses por eles.

Ou seja, em um relacionamento, normalmente, os psicopatas geralmente expressam o chamado estilo de apego esquivo. Em suma, como não podem confiar em outras pessoas, os psicopatas geralmente tentam usar seus parceiros(as) para seu próprio benefício.

Mas então, como funciona o relacionamento?

Os psicólogos acreditam que os psicopatas, geralmente, não sentem medo ou angústia. E como nunca sentiram essas emoções, eles lutam para mostrar empatia e entender os sentimentos de outras pessoas. Ou seja, os psicopatas podem cuidar de outras pessoas, sim. Entretanto, isso ocorre apenas em casos, nos quais eles o fazem de bom grado e se esforçam o suficiente para aprender a ser empáticos.

Norman Bates – psicopata do seriado Bates Motel

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Tal processo segue a “estratégia da história da vida rápida”. Os psicopatas preferem construir relacionamentos de curto prazo, sem que haja forte apego emocional. Por isso, a grande maioria raramente se esforça o suficiente para estabelecer um relacionamento de longo prazo. Afinal, acredita-se que nenhum queira se empenhar para que a relação transforma-se em casamento.

Como podem ler facilmente outras pessoas e entender suas intenções, esses seres entendem como podem ser encantadores. Por isso, a grande maioria se sente confortável em qualquer situação. Em suma, é tal característica que o que os tornam perfeitos manipuladores.

E, surpreendentemente, eles não sentem nenhuma culpa ao fazer isso. Por quê? De acordo com especialistas, os psicopatas são egocêntricos e não se importam com as consequências de suas ações.

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Amor palaciano

Como tais indivíduos não sabem realmente como interagir com as pessoas em um nível profundo, o relacionamento romântico pode ser destrutivo para ambos. Por isso, não se assuste ao descobrir que os psicopatas tomam atitudes impulsivas e/ou estejam emocionalmente indisponíveis em um determinado momento da relação.

O cenário só é diferente quando os psicopatas estão motivados o suficiente para melhorar. Os psicólogos acreditam que o romance e a comunicação, com as pessoas que expressam amor por eles, podem ensiná-los a ter mais empatia, além de melhorar a qualidade de suas interações sociais.

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