Embora a violência tenha estado sempre presente, a humanidade não deve aceitá-la como um aspecto inevitável da condição humana. Juntamente com a violência, sempre houve sistemas religiosos, filosóficos, legais e comunitários que foram desenvolvidos a fim de preveni-la ou limitá-la. Nenhum deles foi completamente eficaz, mas todos deram contribuições a esse traço definidor da civilização (DAHLBERG e KRUG, 2007, p. 1.164).
Com base em análise de artigos relacionados ao tema abordado, podemos ressalvar que são muitas as intervenções voltadas para a prevenção, promoção, e atendimento as vítimas de violência, porem os atendimentos específicos voltados e direcionados para a questão emocional dessa vítima, ainda caminha a passos lentos. Sabe-se ainda que existe diversos programas do governo federal em pleno funcionamento que tem como objetivo principal o combate à violência por meio de propostas preventivas e interventivas.
Ainda que o governo através de ações voltadas para esse problema social em nosso país, por meio de programas de atendimento a vítimas de violência, realizado pela crescente inserção do psicólogo atuando diretamente nesse contexto, sabe-se que a viabilidade para se ter esse profissional atuante, muitas vezes é impossibilitada devido a falta de recursos que são disponibilizadas para que tais programas tenham total e pleno funcionamento.
A dificuldade em desenvolver técnicas para o atendimento psicológico não se restringe ao enfrentamento da violência como também a falta de preparo e treinamento desse profissional para atua diretamente neste contexto.
Desse modo a atuação desse profissional em relação a essa vítima é feito de forma que tenham como objetivo acolher e prestar assistência a essa vítima, buscando fortalecer sua autoestima, resgatando seu diretos de cidadão dentro da sociedade ao qual ele pertence. Pois o medo e a insegurança, gerados pela experiência com a violência, só efetivamente serão enfrentados por meio de ações integradas dos órgãos de segurança pública, como sugere Baierl (2008, p. 13).
Segundo, o Código de Ética da Psicologia, nos seus “Princípios Fundamentais”, prevê a responsabilidade do profissional dessa área ao mencionar que “o psicólogo trabalhara visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e da coletividade e contribuirá para a eliminação de quaisquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Da mesma maneira o art. 2º veda a participação ou a conivência com “quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão”.
A cultura da violência é difundida desde os primórdios da humanidade. Sendo vista como meio de educação, dominação e recuperação dos infratores. Diante dessa realidade, os anos de aprendizado acadêmico se colocam frente a frente, em choque, visto que para a psicologia a violência traumatiza, deprime, desfigura e dilacera o indivíduo, tirando da sua normalidade, levando ao desespero, desamparo, tristeza e por vezes a perca de sua sanidade, e também em casos mais graves, como óbitos.
O que fazer? Como levar paz para os lares? Para o ser humano a afetividade é primordial para um desenvolvimento saudável. Assim, vale ressaltar a transmissão desse conhecimento, tornando o trabalho do psicólogo um meio de transformação social, em nome do objetivo profissional, que em qualquer área de atuação é promover o equilíbrio das relações entre o indivíduo consigo mesmo e com seus semelhantes.
Autores: Jeane Luisa da Silva Santos, Keila Cristine Da Silva Gorostides, Viviane Ferreira da Silva
O artigo completo pode ser lido em: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-social/o-enfrentamento-da-violencia-sob-o-olhar-psicologico