Ah…a emoção… diz-se que uma vida sem emoção não tem graça alguma. Mas o que é a emoção? Se pensarmos na etimologia da palavra, percebemos seu significado mais claro: em latim, emoção é “emovere”, em que “e” significa energia e “movere” propõe um movimento.
Na Psicologia, emoções como medo, raiva, tristeza, alegria, servem para nos ajudar no processo de adaptação ao meio e também para entendê-lo e, assim, podermos interagir de forma adaptativa. As emoções impulsionam a velocidade de resposta aos estímulos externos e trabalham a serviço da sobrevivência humana, ocorrendo modificações orgânicas internas e externas de forma rápida.
Sentimento X Emoção
É interessante percebermos que as modificações orgânicas (aceleração do batimento cardíaco, maior produção de adrenalina e cortisol, modificações para cima ou para baixo na pressão arterial,etc.) ocorridas a partir das emoções são fenômenos que ocorrem de forma independente do desejo humano. No entanto, é possível ter consciência e controle de como nos sentimos e reagimos diante de uma determinada emoção. Sentimento e emoção não são a mesma coisa. A emoção é uma reação no corpo, o sentimento é uma reação mental.
As emoções podem nos levar a comportamentos desadaptativos se reagirmos de forma equivocado quanto à interpretação do estímulo, ocorrendo um disparo emocional desproporcional ou disparo emocional equivocado, causando problemas de relacionamento com a família, amigos, colegas de trabalho, entre outros. É o caso, por exemplo, da raiva desmedida nas discussões no meio familiar; no trânsito, local onde cotidianamente ocorrem agressões por pequenos motivos. No entanto, o “calor da emoção” provoca fortes sentimentos dando um grande vulto a algo que é, em realidade, pequeno.
Sendo assim, observamos um encurtamento de caminho entre o estímulo, a emoção e a ação, devido a um espaço pequeno deixado para o pensamento, um pequeno espaço para a reflexão do sentimento causado pela emoção. Nessas situações, não ocorre uma interpretação adequada do estímulo e a emoção ocupa espaço demais, ela é um turbilhão que cega, levando a sentimentos terríveis e a atitudes as quais classificamos popularmente de impensadas.
Controle Emocional
Aprender a controlar a forma como nos sentimos a partir de determinadas emoções, passa pelo controle emocional.
O controle emocional não é a supressão da emoção, mas saber dar vazão a ela de forma saudável, levando a uma maior eficácia no relacionamento conjugal, no relacionamento com os filhos, colegas de trabalho, no convívio social como um todo e nos diversos desafios emocionais que temos de enfrentar em nossas vidas.
A forma como interpretamos (pensamento) nossas experiências e as dos outros, enfim do mundo que nos cerca, pode nos trazer emoções variadas, levando-nos a sentimentos positivos ou negativos que respectivamente nos ajudarão a ter o comportamento de seguir em frente ou de parar, que trarão consequências boas ou más para nós e para quem amamos.
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Como um filtro em fotografia, nosso pensamento deixará a “paisagem da vida” mais escura ou mais clara. O nosso pensamento guia nossas emoções, nossos sentimentos e, por conseguinte, nosso comportamento diante dos desafios.
O desejo pela busca do equilíbrio emocional, aliado ao cuidado do que pensamos e como pensamos as questões do dia a dia, acarretará uma maior probabilidade de sucesso nos diversos âmbitos de nossas vidas.