Estadista, orador e filósofo romano, Marco Túlio Cícero (em latim Marcus Tullius Cicero) nasceu a 13 de janeiro do ano 106 a.C. em Arpino, Itália, e morreu em 7 de dezembro de 43 a.C. em Formia, Itália. Recebeu aprimorada educação, com os maiores oradores e jurisconsultos de sua época.

Seu primeiro caso como advogado foi em 80 a.C., quando defendeu Sextio Róscio, em um processo que assumiu importância política, já que era o ditador Sila que estava contra o acusado, de ter praticado parricídio. Vitorioso, escapou da vingança de Sila fugindo para Grécia, onde se dedicou ao estudo da filosofia e da oratória.

Cícero só voltou para Roma após a morte de Sila e com grande prestígio foi eleito questor, em 75 a.C., para servir na Sicília, onde ficou conhecido como um administrador justo. Era o primeiro passo para a hierarquia política de Roma Antiga.

Em 69 a.C. foi eleito edil, em 66 a.C. foi eleito pretor, e em 63 a.C. foi eleito cônsul, obtendo duas vitórias ao defender o Senador Caio. Como pretor fez um importante pronunciamento político, reivindicando para Pompeu o comando das tropas romanas, com o apoio dos conservadores do Senado, os optimates.

Cícero participou de grandes eventos da história política de Roma, como as guerras civis e a ditadura de Júlio César, tornou-se um dos homens mais importantes de Roma ao lado de Marco Antônio. Cícero, o porta-voz do Senado, e Marco Antônio, cônsul.

As desavenças entre os dois eram constantes. Cícero atacou Marco Antônio, colocando contra ele os membros do senado. Marco Antônio organizou uma marcha para prender Cícero. No dia 7 de dezembro de 43 a.C., Cícero acabou sendo capturado e assassinado. Sua cabeça e mãos foram decepadas e expostas ao povo.

Filósofo eclético

Grande intelectual, nos anos de ócio forçado pela ditadura produziu verdadeira biblioteca de escritos filosóficos. Como filósofo, Cícero foi eclético, divulgador do pensamento grego. A ele devemos o conhecimento de muitas doutrinas que, de outro modo, estariam perdidas. Dotou, primeiro Roma, depois a Europa, de um vocabulário filosófico. Conceitos como “qualidade”, “individual”, “indução”, “elemento”, “definição”, “noção”, “infinidade”, etc. foram por ele introduzidos na língua latina.

Como filósofo, Cícero escreveu grande parte de seus trabalhos entre 45 e 44 a.C. Alguns são anteriores a esse período, como: “Sobre a República” e “Sobre as Leis”. Outras obras de Cícero são: “Sobre a Consolação” e “Sobre os Objetivos da Ética”, “Discussões em Túsculo”, “Sobre a Natureza dos Deuses”, “Catão o Velho ou Sobre a Velhice”, “Sobre a Adivinhação”, “Sobre a Amizade” e “Sobre os Deveres”.

Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional

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