Em uma sociedade cada vez mais individualista e frívola, as questões profundas ligadas à alma perdem a credibilidade sendo cada dia mais postergadas.

O acumular e o ter somados as horas exaustivas de trabalho colaboram para uma sociedade de famintos. Não de solidez, mas do indispensável: O Afeto.

Ah, o afeto aquele importante ingrediente tão romantizado em nosso cinema e nos contos de fadas, passa a ser coadjuvante na vida real, quando por sorte não se torna perdido.

Pais criam seus filhos sob a correria e a pressão de uma vida melhor, filhos dispensam o pais pelo uso desenfreado da tecnologia, casais não se comunicam e passam a conviver como meros estranhos ao dividir um teto e os transtornos mentais alavancam as mais sérias estatísticas da psiquiatria. Seria esse o mundo ideal e saudável para nós?

Não se engane, as crises pelas quais você passa traduzem um significado além do que imaginado. Solidão, desamparo emocional, dores frequentes no corpo, as ditas somatizações, existem como formas de chamar a sua atenção: Ei, olhe para mim sou seu estômago que não digeriu aquela raiva; Poxa olhe esse problema mais uma vez sem solução!

Todas essas manifestações esperneiam dentro de você para no fundo dizer: AME!

Sim, Ame!

Derivado do verbo amar é de grande importância hoje, visto o nosso caos humanitário. É a solução para a rejeição, para todo e qualquer tipo de exploração, preconceitos e desumanização.

Amar a si mesmo com todas as suas particularidades e desafios.

Amar aos pais que por muitas vezes não corresponderam as nossas expectativas.

Amar aquele que nos faz companhia ao dividir a vida.

Amar os amigos que são os elos que nos permitimos formar.

Amar a vida de uma forma integra e absoluta, pois ela é a nossa especial jornada.

Só assim, com a entrega ao amor, poderemos de fato viver a vida ainda não vivida, curando partes adoentadas de nosso ser e permitindo a vasta experiência da plenitude.

É como diria Freud: Em última análise, precisamos amar para não adoecer!

 

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