megalomaniacos

Megalomaníaco é aquele que tem fascinação por tudo o que é exagerado, atitude popularmente chamada de “mania de grandeza”.

Para a psicologia, o megalomaníaco é aquele que sofre de um transtorno de personalidade com delírios de poder e onipotência, fantasiando situações onde ele é exageradamente reverenciado.

A palavra megalomaníaco vem da combinação dos termos mégalo, que significa grande, e maníaco, que vem de mania. Para a psicologia, a palavra mania define obsessões e patologias ligadas às fixações psíquicas em determinadas coisas.

Entre os sintomas que os megalomaníacos apresentam, ou indícios deste comportamento, está a forte presença do narcisismo, os delírios e fantasias quanto à grandeza real da sua situação, a obsessão por tornar qualquer ato grandioso e fora de proporções, entre outros.

O comportamento megalomaníaco pode ser na verdade um indício de outros transtornos mais graves, como o Transtorno Bipolar e a Esquizofrenia.

A patologia do megalomaníaco é conhecida por megalomania, mas esta não é uma doença clínica presente no CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).

O distúrbio, conhecido como megalomania, afeta 1% da população e até 16% da população clínica.

O perfil do megalomaníaco

A megalomania é um comportamento mental que pode ser usado por qualquer pessoa como uma maneira de lidar com a angústia ligada à frustração, abandono, perda ou desaparecimento do objeto em todos os dias vida.

Em geral, trata-se de um indivíduo de caráter mutante, extravagante e ao mesmo tempo indeciso. Às vezes pode ser agressivo, especialmente quando é contestado. A pessoa que sofre deste distúrbio utiliza estratégias de manipulação para se impor perante os outros.

Ela se sente especialmente dotada e inclusive com algum tipo de poder sobre-humano. De alguma forma, ela se vê como “salvador do mundo”. Suas relações sociais são normalmente difíceis, mas ao mesmo tempo seu carisma faz com que os outros se sintam atraídos por ela. É alguém que não está satisfeita com a vida normal, então busca poder, riqueza e prestígio social.

Especialistas acreditam que os números desproporcionais de narcisistas patológicos estão a trabalhar nos alcances mais influentes da sociedade.

Outras características

As pessoas que sofrem dessa enfermidade são pessoas muito carentes e necessitam da atenção dos outros, portanto, agem no seu dia a dia como pedintes de atenção e/ou bajulação, para tanto, usam todos os meus possíveis, como por exemplo:
  • Usam somente objetos de marca;
  • Gostam de joias, anéis, cordões, pulseiras, bolsas, etc;
  • Andam sempre maquiadas e bem penteadas;
  • Gastam muito tempo olhando para roupa, maquiagem, sapato e acessórios;
  • São fascinados pelo novo, por modelos, modas e personagens populares;
  • Buscam amigos dos chamados “alto escalão”, “alta sociedade”;
  • Ostentam poder;
  • Ostentam autoridade;
  • Estão sempre pronunciando nomes de pessoas tidas como importantes;
  • Usam vocabulário difícil, mesmo não tendo um conhecimento profundo das coisas;
  • Estão sempre em busca de pessoas importantes para manter contato;
  • Suas colocações são sempre de grande porte;
  • Buscam sempre as novidades, pois estas novidades podem em muito chamar atenção;
  • Em suas coisas pessoais sempre atribui nomes grandiosos, como Rei, Rainha, Pai, Mãe, Senhor, Senhora, Grande, Total, Gigante, enfim, termos que indicam grandeza.

A base da vivência megalomaníaca

A base do megalomaníaco é o egoísmo. O egoísmo é a unidade para manter e melhorar opiniões favoráveis de si mesmo, e geralmente apresenta uma opinião exagerada de nossas características pessoais e importância -. Intelectual, físico, social e outros.
O egoísmo significa colocar-se no centro de seu mundo, sem preocupação com os outros, incluindo aqueles que amava, ou considerados como “próximos”, em quaisquer outros termos, exceto os estabelecidos pela egoísta. O megalomaníaco é o centro das coisas.
Dependendo do grau de megalomania que a pessoa desenvolva ela também pode ter:
  • Egomania

Egomania que é uma preocupação obsessiva com a própria auto e se aplica a alguém que segue seus próprios impulsos sem governo e é possuído por delírios de grandeza pessoal e sente uma falta de valorização.

  • Elitismo
Elitismo que é a crença ou atitude que alguns indivíduos, que formam uma elite – um grupo seleto de pessoas com intelecto , a riqueza , a formação especializada ou experiência, ou outros atributos distintivos – são aqueles cujos pontos de vista sobre um assunto devem ser tomadas o mais sério ou carregam o maior peso, cujas opiniões e / ou ações são mais susceptíveis de ser construtiva para a sociedade como um todo, ou cuja extraordinária competências, habilidades ou sabedoria torná-los especialmente digno de governar.
  • Hubris
Também hybris, quer dizer extremo orgulho ou arrogância. Hubris muitas vezes indica uma perda de contacto com a realidade e uma superestimativa de sua própria competência ou capacidade, especialmente quando a pessoa exibindo ele está em uma posição de poder.

As causas

A origem da megalomania se encontra na idade infantil. Pessoas que tem megalomania ainda persistem em o que chamamos de Ego Infantil, tendo assim uma ansiedade resultante da separação do objeto. A megalomania é o estabelecimento do  Complexo de superioridade na personalidade de alguém.
O que é o complexo de superioridade?
É um mecanismo de defesa psicológica em que os sentimentos de uma pessoa de superioridade contrariar ou esconder seus sentimentos ou seu complexo de inferioridade.

Tratamento

O tratamento consta de psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico, mas é sempre difícil tratar uma pessoa que tem megalomania.
Infelizmente, uma pessoa com megalomania pode não estar interessado em autorreflexão ou mudança pessoal, por isso a psicoterapia pode ser menos eficaz que a medicação.
Em casos mais graves (aonde existe mania com alucinações) o tratamento mais conveniente é o psiquiátrico.

A megalomania e o culto à personalidade

Alguns personagens da história recente foram megalomaníacos, por exemplo, Hitler, Mussolini, Stalin e Mao. Segundo alguns estudiosos psicobiográficos, personagens como Alexandre Magno, Calígula e Napoleão são exemplos claros desta patologia. A personalidade megalomaníaca de todos eles tem sido associada a outro fenômeno: o culto à personalidade. Neste sentido, pode-se dizer que a maioria dos movimentos totalitários da história foi liderada por um indivíduo megalomaníaco.

Se a megalomania é uma patologia que afeta certas pessoas, o culto à personalidade é uma “doença” que atinge toda a sociedade. A relação entre estas duas tendências é perversa. O líder megalomaníaco precisa de um rebanho de seguidores, com técnicas de manipulação social e propaganda onde é possível criar um “salvador da pátria”. Enquanto isso, vários segmentos da população sentem total reverência ao indivíduo que os guia. O culto à personalidade é, em última análise, a consequência lógica da megalomania.

Ou melhor, a doença do “grande” Ego é mais comum do que pensamos. É o que os psicanalistas chamam de Ego de bebê, pois é um Ego de fato, insuficiente.
Nossa sociedade favorece em muito o surgimento da megalomania.

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